“A infância tem suas próprias formas de ver, pensar e sentir, nada mais insensato querer tentar substituí-las pelas nossas.” Rousseau
Nas crianças, o medo é normal e faz parte do seu desenvolvimento, cumprindo função importante para a sobrevivência, o bem-estar e a futura autonomia.
De que a criança tem medo? Conviver com uma criança pequena nos ensina que em cada fase da vida há determinados tipos de medo, embora haja medos também ditos imprevisíveis na infância se levarmos em conta ambiente e diferenças individuais. Ou seja, o mesmo estímulo pode ser ameaçador para uma criança e fonte de encantamento para outra (pensemos nas crianças que têm medo de cachorros e nas crianças que se lançam alegres em direção aos cachorros). Mas é fato, na infância, todos nós conhecemos o medo e isso é natural: medo do trovão, do escuro, de monstros, de dormir sozinhos…
Sem esquecer que os pais são os primeiros professores de inteligência emocional, eles podem ajudar o filho com medo levando a sério o que ele diz. Estruturado um ambiente de confiança, os pais podem auxiliar a criança a identificar e compreender melhor o medo que está sentindo – se é medo do escuro, permitir, então, que a criança tenha uma luz de apoio no quarto. A atitude coerente e compreensiva por parte dos adultos sempre torna o momento do medo mais leve para a criança.
O que os pais (ou os adultos) não podem fazer? Subestimar o medo do filho ou desmoralizar a criança (“deixe de ser medroso”, “seja corajoso”, “na sua idade, eu nunca tive medo de aranha” etc) só pioram a situação e são um desserviço para a educação emocional de um ser humano em formação. Certamente, e em razão disso, muitos adultos mantêm apreensões que têm origem nos temores de infância (não contaram com um apoio inteligente do ponto de vista emocional por parte dos pais).
Contar histórias, por exemplo, pode funcionar de forma terapêutica em relação aos medos pertinentes à infância, fornecendo à criança imagens valiosas que a ajudará a processar com mais eficácia seus temores e receios.
Por fim, se o sentido mais profundo de viver na Terra é o desenvolvimento da autoconsciência, o medo faz parte do desenvolvimento humano e, em razão disso, ele não pode ser impedido, embora demande ser superado. Segundo Alexander Boss, “o medo fortifica a autoconfiança. O suportar o medo, desenvolve uma ‘consciência de eu’, de si mesmo. A autoconsciência é um presente do medo.”.
Eugênia Pickina
Fale Conosco
Evangelhoterapia e Passes - atividades presenciais:
Segunda-feira - das 19h às 20h30
Terça-feira, das 8h30 às 10h
Quarta-feira, das 19h30 às 20h30
Sábado, das 9h às 11h
Evangelhoterapia On-line
Quarta-feira, às 19h30 via Teams
Doações
Todos os dias e horários (acima) de funcionamento da casa
GELF - Grupo Espiritualista Luz e Fraternidade Todos os direitos reservados 2022 - Desenvolvimento - Agenzzia